segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Aos amigos.


Desde que você nasceu, eles te acompanham e poucas coisas os fazem te largar
Seja no berçário, na escola ou vomitando numa mesa de bar
Enquanto você cresce, eles te ajudam a se formar
Lendo livros, aconselhando ou cuidando quando você apanha por não saber brigar.

Todo mundo tem um amigo meio tarado, um outro meio tapado e um terceiro que já nasceu viado.

Te sacaneiam por ser a mais novinha
Ou por ter fama pior que da Bruna Surfistinha
Te mostram a vida do jeito que é
Que sua namorada é muito gata e que, mais cedo ou mais tarde, ela vai te dar um pé
Te ensinam a mostrar ao mundo o seu verdadeiro jeito
Manco, caolha e o 3º mamilo do teu peito

Eles sempre vão tentar te animar, seja num desabafo de problema, num cinema ou numa rua suspeita de Ipanema.

Aos meus amigos o meu sincero obrigado,
Relevo todas as vezes que me chamaram de depravado, perturbado e punheteiro safado
Pois graças a vocês hoje sei que sou amado.


Eu amo vocês. :)


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Protesto Pacífico


Eu quero gritar!

Mas ninguém ganha nada no grito.

Mas eu também não quero ganhar.

Eu só quero o que é meu.


Tô cansado. Cansado do que errado, e do que é certo também.

Eu prefiro não acreditar, porque simplesmente é mais inteligente.

Ignorância, desrespeito, falta de amor próprio, de vergonha na cara.

Tá faltando é hombridade, honestidade, caráter.

Dispenso até compreensão, aceitação e sorrisos falsos.

Eu quero o que é meu, o que é real, o que é sincero e de direito.

Liberdade, verdade, respeito.


Eu não posso aceitar calado.

Porque calado não há mutação.

E calado ninguém ganha nada também.


O caminho não é o grito, nem o silêncio.

O caminho é o som da conversa cotidiana, dos ruídos diários.

É o carro que buzina, a folha que cai, o mar que bate nas pedras.

O caminho é o natural.


Então, que se deixe o natural, ser natural.


[ Maio - 2010. Por Lucas Massano. ]

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Descontentamento Descontente.


Tudo mudou. Tá tudo diferente.

As pessoas, os medos, os desejos, e até mesmo este texto está diferente. Começou pelo título e não pelo conteúdo, como de costume.

Em meio a Fiuk’s, Bandas Cine e Restart e as bilhões de críticas em cima disso, me coloquei a pensar: Essa juventude, está perdida?

Cansei de ouvir falarem:

“-Nossa, que pena desses jovens... Eles não sabem mais o que é música.”

E será que nós, uma geração acima, sabiamos?

Acho difícil aceitar que nossos pais, irmãos e primos mais velhos, acreditassem que consumidores de Kelly Key, É o Tchan, Bonde do Tigrão, Backstreet Boys e Britney Spears fossem o futuro da nação.

E nós somos.

Apreciar, curtir, se divertir com a musicalidade banal desses dejetos sonoros artistas, não os transformou em ídolos (Tá, tirando a Britney que nos cativou com o seu vadia lifestyle, que eu super me identifico acho vulgar).

Os grandes ídolos, sempre terão o seu espaço. Sempre haverão rodas discutindo sobre Legião Urbana, homossexualizando socializando ao som de Cazuza, fazendo solos de pseudo-guitarras com 'Smells Like Teen Spirit' do Nirvana, ensaiando passos de moonwalk com Michael Jackson, apertando um baseado na trilha de Bob Marley, arremessando calcinhas com as letras de Wando...

O foto é que não há música que não acrescente. Pode acrescentar cultura, emoção, exaltação, romance, ou só facilitar uma aproximação para um possível sexo, mesmo.



Bom, deixo vocês com o trecho de uma canção composta por Dado Vila-lobos e Renato Russo, Geração Coca-Cola, de 1984:


“Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês.

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola.”



- Um post metido a filosófico, porque eu não sou só um rostinho bonito não, é muita anfetamina cuca no lance.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Complexo de DECADência.



Praticamente 2 meses antes do meu aniversário, confesso: tenho problemas com idade.

Mas, - vá lá - quem não tem?
Eu, por exemplo, estou na crise dos 20. Desde os 13.

Idade é um negócio meio ingrato, porque embora com tempo venha a maturidade e a experiência, com o tempo vêm também as rugas, os fios brancos, a atrite, a artrose e a tele-sena. Difícil de aceitar, né gente?

Pra sobreviver a esses conflitos internos, uso uma filosofia quase diplomática, e de boa vizinhança: tento não pensar no assunto e sempre pesar os lados positivos da coisa. E quando não tem escapatória, e o pensamento invade a mente – como hoje – eu COMO. Muito. Sem pudor. Biscoitos, sorvetes, chocolates, bolinhos, pães, sanduíches, tortas, etc. - reparem o plural em todos os itens.
O fato é: Falem do meu peso, mas não falem da minha idade!

Ficar velho é chato, e implica em diversas mudanças, tanto físicas, como psicológicas.
Ficar velho é a morte. Literalmente.

E, olha que esse nem é o meu problema. Sou super bem-resolvido com isso de morte. Acho até ela a salvadora de tudo.
Essa gente que vive muito me assusta! Tenho medo de virar uma Hebe Camargo, um Niemeyer da vida.
Definitivamente, está fora dos meus planos virar um highlander! (Puta merda, que atestado de velhice, mas vocês lembram né?!)

Tenho medo de ficar velho.
Tenho medo da hidroginástica, do Corega, do Bingo, do Grecyn 2000.
De chamar os outros de “Pão” e “Pitel”.
De falar “na minha mocidade” e “Maque Donaldis”.

De usar cueca bege e roupa estampada combinando.
Eu tenho medo de gostar de Becel e Bohemia!!!
SO-COR-RO!!!!

Este é o desabafo de alguém que está tentando superar a troca de dezena, da de 10 pra de 20.
E, se você tem menos e está longe disso, por favor, nem se manifeste.



A propósito, alguém sabe como usa esses cremes antienvelhecim
ento?
Não consigo ler essas letrinhas miudinhas, menina!
Ô Suelen! Que que tá escrito aqui, minha filha...?!


quarta-feira, 3 de março de 2010

Águas de Março...


"...São as águas de março fechando o verão...", disse Tom Jobim em uma de suas composições, e pelo visto essas águas vieram pra ficar. Já deve ter uma semana que não pára de chover nessa cidade, mostrando pra todos nós que o verão, definitivamente, se foi, sem mais tempo pra prorrogação.

Se foi, e com ele levou o clima amistoso que só o verão tem: a praia que começava à tarde e só terminava ao cair do sol, a necessidade do chopp gelado no início da noite, a temporada de viagens inesquecíveis – seja pelo lugar visitado ou pelos feitos inesperados – e os famigerados amores de verão.

Na minha opinião, pra nós, Brasileiros, o verão tem uma coisa mágica. É a época de ser feliz, sem nem ao menos ter motivo: época de conhecer desconhecidos, de viver o inimaginável, de viver os medos e anseios, e tudo com uma felicidade quase infantil. Pra mim, o verão tem cheiro de liberdade.

Me peguei pensando nisso ontem, quando fui ao Centro resolver uns problemas e ao passar pela Cinelândia notei pessoas bem vestidas, usando suas botas e cachecóis há tempos guardados, e refleti – não antes de pensar: “Putz, Carioca é foda, aproveita qualquer chuvinha pra usar roupa de inverno!” – sobre aquela mesma Cinelândia de 15 dias atrás: Dominada por foliões devidamente embriagados, vestindo as mais desestilizadas, pequenas e coloridas roupas possíveis.



Aí a ficha caiu. Acabou Fevereiro; Acabou o Carnaval; A alegria, o descompromisso, a folia: Chegaram as águas de Março...

Palmas para esse verão, que veio e trouxe tudo o que prometia. E, como quem, em plena segunda-feira, espera o final de semana chegar, aguardemos o próximo verão.


Dizem que no frio as pessoas ficam mais bonitas. Pode até ser: mas é inegável que no calor elas são muito mais felizes...



- Um post filosófico-nostálgico pra retomar as atividades do blog.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Irritando Lucas Massano.


Me irritar é definitivamente uma tarefa fácil.
Tá aí um quesito que eu não tenho preconceitos.
Me irritam de roqueiros a pagodeiros, de mosquitos a elefantes, de Mulheres-fruta a Ex-BBB’s. Se bem que no último caso dá quase no mesmo.

Eu não tenho limites na arte de me irritar: Moscas, calor, vento, pilha, areia, água, burros, nerds, lugares cheios, lugares vazios, latinos, norte-americanos, africanos, europeus, asiáticos, a Oceania e mais um continente a sua escolha. Deu mole, tá me irritando.

Mas o meu desabafo de hoje vem de uma irritação em especial: Gente que interrompe minha atividade física. A única que eu faço. A única que eu sei. A única que eu consigo. A Corrida.

Corro diariamente, com muito prazer, meus humildes quilometrozinhos no calçadão da praia.

E é de matar ter que disputar espaço com famigerados grupos de pseudo-ciclistas, de vovós botando o papo em dia, de seguidoras de Heidi Klum que acham que calçadão é passarela, pra desfilarem exibindo seus look’s primavera-verão recém adquiridos na Rua das Pedras, em Búzios. Sem contar com as mesas de quiosques, carrinhos de coco, latas da comlurb e outros que minha paciência impede digitar. Chega! Vamos dar um basta! Deixa eu correr em paz!

Eu não atrapalho o esporte de ninguém! Não coloco mesa no meio do campo da pelada de domingo; não desfilo meus look’s no meio do circuito da pedalada do sábado de manhã; e não boto o papo em dia segurando na rede do futevôlei das noites de quarta!


Então, vamos circulando, minha gente!

Pseudo-ciclistas, vovós da fofoca, fotógrafos de paisagens-de-fim-de-tarde, turistas perdidos e complexadas de Gisele Bundchen: Vamos ralando, senão, cabeças vão rolar!

E tenho dito.



Desde a década de 50, as piriguetes já ocupavam espaço no calçadão de Copacabana.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O Ano Novo sobre o meu ponto de vista.



Ano novo é algo que me intriga.

É uma época mística, cercada de pensamentos de “vida nova”, de “novas perspectivas”, de “novos desafios”, enfim, é novidade demais pra minha cabeça.

E pra entrar nesse “Novo” universo vale tudo: Desde usar blusa verde, calça amarela e cueca vermelha à pular 7 ondinhas na hora da virada. E com isso eu pergunto: Quem?

Quem inventou isso?

Que idéia escrota é essa de comer lentilha pra trazer dinheiro? De tomar champanhe com uva – que eu não sei não pra que serve, além de engasgar com aquela bosta no meio da laringe. E de jogar aqueles oferendas pra Iemanjá? Por que vamos combinar, se aquelas oferendas são pra pedir alguma coisa, Ela não deve ficar nada feliz com a quantidade de sidra barata e de flor que tacam!

Vamos jogar umas coisas melhores, né gente! Vamo tacar uns Ferrero Rocher, umas garrafinhas de Veuve Clicquot! E as ondinhas... Ah, as benditas 7 ondinhas sendo puladas. Qual a explicação? Porque nem São Longuinho consegue tanto pulinho durante o ano inteiro!

E pra terminar, os fogos. Sou Carioca, morador. E esse ano, passei assistindo os tão famosos fogos de Copacabana, do mar, vide a foto ao lado.

São bonitos. Concordo. Mas, mermão, são cada vez mais fogos! Antes era um negócio rápido, papo de cinco minutinhos. A coisa foi aumentando, ficando moderna. Agora são – sei lá – 20 minutos de fogos! Tá de sacanagem? Quem agüenta ficar 20 minutos olhando pra cima vendo foguetinho colorido explodindo no ar?! Sem contar que se for pra passar nas areias de Copa, já viu, né... Atenção redobrada. É um olho nos fogos e outro na carteira, pra não ser assaltado!

E pra concluir, o pior de tudo, é que mesmo tendo motivos de sobra pra achar tudo isso RIDÍCULO, eu já fiz tudo. Até as ondinhas. Mas pulei 8. Eu acho... Sabe como é, perdi a conta, é melhor errar pra cima do que pra baixo!

Moral da história:

Simpatia é que nem transar numa posição nova: Nunca dá certo, te mata de vergonha, mas não custa nada tentar, né?