sexta-feira, 2 de julho de 2010

Descontentamento Descontente.


Tudo mudou. Tá tudo diferente.

As pessoas, os medos, os desejos, e até mesmo este texto está diferente. Começou pelo título e não pelo conteúdo, como de costume.

Em meio a Fiuk’s, Bandas Cine e Restart e as bilhões de críticas em cima disso, me coloquei a pensar: Essa juventude, está perdida?

Cansei de ouvir falarem:

“-Nossa, que pena desses jovens... Eles não sabem mais o que é música.”

E será que nós, uma geração acima, sabiamos?

Acho difícil aceitar que nossos pais, irmãos e primos mais velhos, acreditassem que consumidores de Kelly Key, É o Tchan, Bonde do Tigrão, Backstreet Boys e Britney Spears fossem o futuro da nação.

E nós somos.

Apreciar, curtir, se divertir com a musicalidade banal desses dejetos sonoros artistas, não os transformou em ídolos (Tá, tirando a Britney que nos cativou com o seu vadia lifestyle, que eu super me identifico acho vulgar).

Os grandes ídolos, sempre terão o seu espaço. Sempre haverão rodas discutindo sobre Legião Urbana, homossexualizando socializando ao som de Cazuza, fazendo solos de pseudo-guitarras com 'Smells Like Teen Spirit' do Nirvana, ensaiando passos de moonwalk com Michael Jackson, apertando um baseado na trilha de Bob Marley, arremessando calcinhas com as letras de Wando...

O foto é que não há música que não acrescente. Pode acrescentar cultura, emoção, exaltação, romance, ou só facilitar uma aproximação para um possível sexo, mesmo.



Bom, deixo vocês com o trecho de uma canção composta por Dado Vila-lobos e Renato Russo, Geração Coca-Cola, de 1984:


“Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês.

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola.”



- Um post metido a filosófico, porque eu não sou só um rostinho bonito não, é muita anfetamina cuca no lance.

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